Leitura

nº01 - 19/06/2012
Impulsos e Liberdade

Quando uma pessoa faz algo de errado na sociedade e é pega, ela vai para um presídio e fica presa por um determinado tempo, lá existem muros, grades e todos os equipamentos de segurança possíveis. A pessoa sofre por estar presa, por não ter a liberdade de andar no mundo para onde deseja, ela está confinada dentro de uma sela, em uma prisão.

Essa perda da liberdade é bem concreta, a pessoa não vê saída daquele lugar, a não ser do jeito errado que é fugindo ou do jeito certo que é esperar o tempo de sua pena acabar.
Fugindo a pessoa continuará sem liberdade, pois a policia estará sempre atrás dela, então a paz não será possível.
Esperando sua pena acabar a pessoa precisa de paciência e boa conduta para não cometer outros crimes dentro da prisão e assim prolongar o seu tempo lá.

Nossa mente funciona de um jeito parecido, nós podemos estar soltos, tendo a liberdade de ir para onde quiser, porém em nossa vida sempre nos flagramos em situações que parecem não ter saída. Podemos nos sentir presos por determinada situação e sofremos por isso, às vezes até mais que um prisioneiro, mesmo estando “livres” no mundo.

Quando isso acontece, quer dizer que fizemos algo de errado que nos colocou nessa situação insatisfatória, como o preso nós fizemos algo de errado perante a lei. Só que essa lei, é a lei do carma, a lei da natureza que tudo que se planta, se colhe.
Muitas vezes temos impulsos que nos movem no mundo, pensamos, falamos e fazemos aquilo que surgiu em nossa mente espontaneamente, então por achar aquilo correto, pois já estamos condicionados a fazer isso, repetimos as ações, às vezes pensamos que para sermos livres precisamos realizar tudo que vem em mente.

Mas os impulsos estão sendo nossos senhores que sem discutir nós acatamos a eles. E acabamos presos pelo efeito da situação que criamos, no início pensamos que era o certo, porém aquilo retornou sofrimento.

A liberdade está em escolher o queremos fazer, qual pensamento achamos adequado para cada situação, precisamos ter discernimento do que é bom para nós e para os outros e do que não é. Se for apenas bom para nós e ruim para os outros, não vale a pena. Se for bom para os outros e ruim para nós, também não vale a pena. Se for bom para nós e para os outros, isso sim é uma atitude que não irá proporcionar uma sensação de prisão em nossas mentes.

Não adianta fugir como um preso pode fazer, pois sempre vamos nos deparar com o problema, mais cedo ou mais tarde. Ele está conosco, pois nós o criamos, não há escapatória, a não ser pela compreensão real dele, com isso não faremos novamente o ato.

Escolher quais pensamentos, palavras e atos vamos determinar para cada situação da nossa vida é ter liberdade no mundo, no nosso mundo.
Para isso precisamos saber o que está ocorrendo em nossas mentes e depois saber selecionar o que é benéfico e o que é ofensivo. Necessitamos ter tempo e clareza mental, e para isso a meditação é um caminho excelente.

Meditando regularmente e levando o estado meditativo para o dia a dia você terá maior tempo para decidir o que fazer em determinada situação, mesmo sendo algo inusitado, a mente treinada é mais rápida que a velocidade da luz. E como um preso que faz o certo esperando sua pena finalizar, nós precisamos ter paciência e boa conduta para isso.

A sabedoria do que é bom para você e para outros vem também com a prática e com a leitura de materiais sobre o assunto.

Seja livre e feliz! Controle a sua mente e seja senhor de si mesmo!

Por Henrique


nº02 - 21/04/2013

A Vida do Buda


Um príncipe nasceu na Índia aproximadamente 2500 atrás, seus pais o rei Sudodana e a rainha Maya do reino dos Sakias deram-lhe o nome de Sidarta.
Como todo avatar seu nascimento envolve uma história diferente da maioria dos nascimentos, nesse caso a rainha Maya teve um sonho onde um elefante branco penetrava em seu ventre pelo lado direito, assim o Buda começou a gestação em sua mãe.

Sidarta era excepcional em todas as tarefas que realizava. Um dia quando saiu dos palácios que seu pai construiu para ele se deparou com uma pessoa doente, outra idosa e outra morta, isso o fez refletir e tomar a decisão de transcender o nascimento, a velhice, a doença e a morte. Então tomou a decisão de partir para a floresta para seguir a vida de asceta.

Passou por alguns mestres, mas rapidamente realizava os ensinamentos, porém não alcançava o que queria, a libertação de todas as prisões mentais, a verdade por trás da ilusão. Então depois de aplicar várias técnicas, até mesmo de mortificação, como não comer, ele percebeu que nem o entorpecimento da riqueza dos palácios e nem a mortificação desgastante era a solução, mas sim o caminho do meio entre esses dois.

Sentou em meditação embaixo da figueira sagrada e realizou a iluminação, chegou ao estado de não perturbação e viu o que esta por trás dos padrões mentais condicionados que as pessoas operam geralmente. Venceu o nascimento, a velhice, a doença e a morte, pois compreendeu a verdade última e viu que não precisava mais renascer em nenhum tipo de corpo.

Como Jesus, o Buda via algo de especial que a maioria de nós ainda não compreende, independente de como nós chamamos esse estado de realidade que eles chegaram ou o método que eles pregaram suas vidas foram de pura compaixão.

Após a iluminação Sidarta que agora passa a ser chamado de Gautama (Abençoado), Buda Sakiamuni (o sábio silencioso da família dos Sakias) ou Buda (Iluminado), se levanta e segue por muitos caminhos ensinando muitas pessoas o que ele descobriu em sua caminhada, ele percebeu que todos os seres podem alcançar a iluminação e se libertarem do sofrimento que vivem.

Quantos de nós teríamos a determinação de largar a riqueza material de um reinado para buscar algo abstrato, que demanda tanta fé?

Vemos através da história que o Cristo e o Buda passaram por muitos sofrimentos até alcançarem o desejado, um se entregando à crucificação previamente anunciada e o outro desapegando de todos os bens e facilidades materiais que alguém pode ter e fizeram isso para o bem dos outros seres também, seus legados já ajudaram muitos seres nesses milênios de existência e ainda seguem ajudando.

Por Henrique

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